Após denúncia do Grupo Metrópole em relação ao contrato entre a ONG Pierre Bourdieu e a Prefeitura de Salvador, através da Secult, que envolveu R$ 64 milhões em um ano, o contrato foi rescindido.
Sem explicações, dois mil colaboradores receberam, essa semana, a carta de aviso prévio. Alguns deles foram convocados desde segunda-feira (29) para receber o equivalente há um mês de trabalho, mesmo o atraso sendo de três meses.
O Ministério Público Estadual (MPE) já investiga o caso e, segundo a promotora Rita Tourinho, há indício de irregularidades nos contratos firmados. O Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) também vai acompanhar o assunto e tanto a Ong quanto a Secult têm 10 dias úteis para apresentar os documentos relativos ao convênio.
O estranho contrato entre a Secult e a Ong Pierre Bourdieu, firmado sem licitação, também foi discutido na Assembleia Legislativa nesta terça-feira (30), e o deputado Alan Sanches (PSD) pediu esclarecimentos sobre a celebração desse contrato.
"Questionamos sobre os convênios que são firmados com a ong que tem instalações simples e que recebeu mais de R$ 2 milhões por mês. Por que esse tipo de Ong é escolhida para fazer uma simples intermediação de mão-de-obra? Agora, após as denúncias, o contrato é desfeito e como ficam as pessoas que não receberam os salários? Queria saber o motivo da escolha dessa Ong", questiona Sanches.
O deputado também alertou sobre um outro convênio firmado com uma nova instituição já no fim da gestão do prefeito João Henrique. "Também questionei sobre um convênio, no dia 10 de outubro, com a Nova Fundação porque acho estranho faltando 80 dias para o fim da gestão, ter um novo convênio com outra fundação com serviços de inclusão digital", explicou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário