sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Hilton Coelho condena as declarações do secretário de educação

Para o vereador Hilton Coelho (PSOL), membro da Comissão de Educação da Câmara Municipal de Salvador, as últimas declarações do secretário João Carlos Bacelar "são típicas de quem perdeu qualquer argumento em defesa de suas posições e partiu para uma espécie de 'vale tudo' contra educadoras e educadores. Dizer que professores que realizam atividades complementares (AC) de forma coletiva não estão trabalhando ou falar que quem está em processo de capacitação, atua em projetos de arte e educação ou de inclusão está 'fora da sala de aula' é uma manipulação grosseira da realidade que visa enganar as famílias dos estudantes".
"João Carlos Bacelar não consegue ou finge não conseguir perceber a incompatibilidade entre a concepção pedagógica que orienta o Alfa e Beto e as próprias diretrizes do município, daí não enxergar problemas em noções como 'treinamento, repetição e fragmentação' presentes em todo material didático do sistema em questão. Isso talvez também explique sua tentativa de negar o inegável racismo presente no texto 'As bonecas de Fernanda' e muitos outros".
O conteúdo racista não será retirado dos livros como afirmou o próprio João Carlos Bacelar.
"Quem quer uma filha negra estudando com um livro que mostra as brancas como superiores, mais bonitas e as negras inferiores e feias? Como bem definiu o educador Walter Takemoto, 'de pacote em pacote se desvaloriza a escola e seus profissionais'. O secretário foi destemperado e autoritário na aparição ao vivo em um telejornal quando ficou sem argumentos diante dos questionamentos da professora Jacilene Santos, diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB-Sindicato) com quem m e solidarizo", afirma Hilton Coelho.
Sobre as possíveis razões de a prefeitura suspender as ações do Pacto Nacional pela Alfabetização que sairia a custo zero para o município e adotar o Alfa e Beto, o socialista diz que "João Bacelar, além de especializar-se na assinatura de contratos milionários sem licitação, parece estar com verdadeira fixação por garantir pragmática e artificialmente o aumento do IDEB de Salvador, com fórmulas e macetes para que os estudantes ampliem as notas da Provinha Brasil, mesmo que para isso reduzam drasticamente suas possibilidades de fugir da triste estatística do analfabetismo funcional brasileiro."

Informações Tribuna

Nenhum comentário:

Postar um comentário