Familiares do adolescente Davi Fiuza, 16 anos, desaparecido desde o dia 24 de outubro, após abordagem realizada por agentes do Pelotão de Emprego Tático Operacional (PETO) e Rondas Especiais (Rondesp), no bairro de São Cristóvão, denunciaram o caso à Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública, nesta terça-feira (11), na Assembleia Legislativa (Alba). A reunião coordenada pelo membro titular da Comissão e vice-presidente da Alba, deputado estadual Yulo Oiticica contou com a presença da dona de casa Rute Fiuza, mãe do rapaz, as irmãs Camila e Carolina, e o advogado da família, doutor Luciano Freitas, além de parlamentares Bira Corôa, Carlos Brasileiro e Carlos Gaban.
Emocionada, Rute relatou que desde o sumiço de Davi vem percorrendo todos os indícios que levem a alguma pista do paradeiro do jovem, e que por isso resolveu procurar o Poder Legislativo. “Já não sei mais o que fazer e nem aonde ir, mas continuo acreditando que tem uma solução sim, porque eu sou mãe, sou coração valente também”, desabafou.
Diante da gravidade do caso, deputado Yulo acionou imediatamente a Secretaria de Segurança Pública para que um delegado especial seja responsável pela investigação. “É fundamental que casos como esses sejam eleitos emblemáticos para que ao voltem a acontecer”, destacou o parlamentar.
Quanto ao suposto envolvimento da Polícia Militar o deputado mostrou-se enfático e lembrou o alarmente dato divulgado hoje pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que aponta a polícia da Bahia como a segunda que mais mata em todo o país. “É mais grave ainda quando um policial é suspeito de um crime, pois cabe a ele assegurar a integridade física e moral da população”, ressaltou.
Prezando a segurança dos envolvidos na denúncia, Yulo encaminhou a família do jovem ao Programa de Proteção Vítimas e Testemunhas dos Direitos Humanos, Provita, que ainda durante a manhã foram atendidos pela Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, órgão parceiro da Presidência da República no programa.
“Dona Rute, assim como suas filhas estão muito expostas e já são reconhecidas por onde passam, portanto, estar no programa é fundamental para continuar a ter a coragem de denunciar o sequestro do seu filho”, concluiu Yulo.
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