Um listão com nomes de políticos e os respectivos presentes de aniversário que teriam sido dedicados a eles pela empreiteira OAS – uma das envolvidas na Operação Lava Jato – foi descoberto pela Polícia Federal em um dos computadores da empresa. O rol de mimos, lembranças e presentes caros inclui políticos de diferentes partidos, num arco que vai do presidente do PSDB, Aécio Neves, ao ex-ministro José Dirceu, do PT. Tudo de muito bom gosto e qualidade. A informação foi dada inicialmente pelo site Folha.com .
Um 'corte' de terno teria sido dedicado pela OAS ao presidente do PSDB. Vice de Aécio nas eleições de outubro, o senador Aloysio Nunes confirmou ter ganho uma gravata. Complemento de vestuário do mesmo tipo teria sido remetido ao então ministro da Educação Aloizio Mercadante (PT), que negou ter recebido o presente.
O mimo que mais chama atenção teria sido dado ao chefe do então presidente da Petrobras Sergio Gabrielli, Armando Tripodi. Nada menos que um relógio da marca H. Stern – a mais famosa joalheria brasileira – no valor anotado de R$ 10.619,00.
O deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) teria sido lembrado, em sua data natal, com uma caixa porta-relógio, da mesma H. Stern. E que porta-relógio deve ser, pois o preço marcado no listão da contabilidade extra da OAS é de R$ 4,9 mil.
A ex-chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Noronha, tem seu nome associado a um kit churrasco. O tesoureiro do PT, João Vaccari, seria contemplado com "uma caixa de Pera Manca". Noutra anotação, pelo menos uma garrafa do precioso vinho português foi endereçada ao ex-ministro José Dirceu.
O ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff tem seus nomes na lista, mas não associados diretamente a algum presente. Lula tem como associação um "ver com P.Okamoto", nome de seu maior auxiliar no Instituto Lula. Dilma tem o sinal de "ver com J. Fortes", nome ainda não associado a algum personagem da corte brasiliense.
O listão diz muito sobre as relações entre as empreiteiras e o mundo político. E, no limite, por acarretar consequências legais. De acordo com memorando aos clientes distribuído pela banca de advocacia Mattos Filho, ainda em 2013, a aceitação de brindes com valor acima de R$ 100,00 pode acarretar no enquadramento na lei anticorrupção.
Fonte: 247
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