Aécio Neves, qualquer dia, vai acabar expulso pelo Lobão das minguantes manifestações anti-Dilma da Paulista.
O derrotado nas eleições, ao que parece, perdeu todos os pudores democráticos.
Sua afirmação, transcrita em O Globo, de que perdeu “a eleição para uma organização criminosa que se instalou no seio de algumas empresas brasileiras patrocinadas por esse grupo político que aí está” passa de todos os limites do debate democrático e até da “dor de cotovelo” de quem perdeu, no voto, até em seus próprios supostos “domínios mineiros”.
Se o PT tiver algum brio, ingressa hoje mesmo no STF com um processo por crime contra a honra no STF.
Aliás, mesmo antes de preparar o processo, já devia notificar extra-judicialmente Aécio para que confirme ou desminta a afirmação, preparando o terreno jurídico sem ter de esperar o trâmite judicial.
Há crime de difamação, porque o Supremo Tribunal Federal, várias vezes, já afirmou que é cabível o direito à honra pela pessoa jurídica, o partido político sob o qual dá-se a candidatura.
Aécio pode conferir isso facilmente com um telefonema para Gilmar Mendes, o jurista de renome internacional, segundo a jurisconsulta Kátia Abreu.
E vai ter de contar com muita boa-vontade para que achem que o comentário criminoso do candidato derrotado seja entendido como algo pertinente a seu mandato de senador por Minas Gerais, o que lhe daria a impunidade.
Se for assim, que se mostre que Aécio esconde-se sob o mandato para difamar como um irresponsável.
Porque a reação do PT, até agora, de dizer que Aécio está em “desequilíbrio emocional” é pífia.
Desequilíbrio emocional não dá a ninguém o direito de dizer que seus adversários são “uma organização criminosa”.
Já a falta de reação dá margem a que se diga que são uma organização covarde.
Nenhum comentário:
Postar um comentário