terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Renato Aragão: 'Essas classes dos feios, dos negros e dos homossexuais, elas não se ofendiam'

Foto Google

O humorista Renato Aragão, que completa 80 anos na próxima terça-feira (13), fez declarações polêmicas e criticou o politicamente correto em entrevista à revista Playboy de janeiro, que chega às bancas nesta terça (6). Ele relembrou o auge de Os Trapalhões, e afirmou que na época as piadas não eram mal intencionadas. "Naquela época, essas classes dos feios, dos negros e dos homossexuais, elas não se ofendiam. Elas sabiam que não era para atingir, para sacanear", comentou, acrescentando que " a gente fazia como uma brincadeira. Era uma brincadeira de circo entre mim e o Mussum (1941-1994). Como se fôssemos duas crianças em casa brincando. A intenção não era ofender ninguém. Hoje, todas as classes sociais ganharam a sua área, a sua praia, e a gente tem que respeitar muito isso”.
 Na entrevista, o intérprete de Didi Mocó, que tem contrato com a Globo até 2017, revela que não gosta de ouvir críticas à emissora, em especial ao programa Criança Esperança, no qual é padrinho. "O programa explode e é: 'Ah, por que a Globo, em vez de fazer aquele programa, não doa o dinheiro para o povo?' É cruel isso. Me incomoda muito quando falam da Globo. Eu não admito que falem mal da Globo", diz o humorista, que, por outro lado, leva numa boa as críticas sobre seu trabalho com Os Trapalhões, junto aos colecas Dedé Santana, Mussum e Zacarias. "Eu nunca liguei para isso, nem vou ligar. Tinha gente que criticava meus filmes sem assistir! Foi comprovado isso. Mas, quanto mais eles me malhavam, mas crescia o bolo, mais dava bilheteria. Os pseudocineastas ficavam umas araras porque os filmes deles não encostavam. Chegava um nordestino com um rolo compressor e passava por cima", afirmou.


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