sábado, 28 de fevereiro de 2015

Trabalho infantil: a história da mulher que venceu após ser explorada na infância

 
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Simples, sorridente, simpática e bem articulada. Esses são alguns atributos facilmente identificados em Cleusa Maria de Jesus Santos, 47 anos, por aqueles que têm a oportunidade de conhecê-la, ainda que em uma rápida conversa. Ela preside, atualmente, o Sindicato das Empregadas Domésticas do Estado da Bahia, mas a competência que lhe credenciou ao cargo foi conquistada em meio a uma experiência sofrida, ao longo de sua infância e juventude.
Cleusa foi vítima de uma das formas mais comuns da exploração do Trabalho Infantil – o trabalho doméstico – que atinge principalmente as meninas e, na maioria das vezes, é confundido como um gesto de caridade ou solidariedade. Além disso, a atividade que integra a Lista das Piores Formas de Trabalho Infantil só é permitida para jovens maiores de 18 anos, por conta dos inúmeros prejuízos causados ao trabalhador.
O trabalho doméstico pode submeter o seu executor a riscos ocupacionais como esforços físicos intensos, isolamento, abuso físico, psicológico e sexual; além de longas jornadas. De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), cerca de 10,5 milhões de pessoas em todo o mundo, a maioria das quais são menores de idade, atuam como trabalhadores domésticos, em alguns casos em condições perigosas e análogas à escravidão.
No Brasil, segundo a última pesquisa do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), o número de casos diminuiu de 325 mil, verificados em 2008 para 258 mil, no ano de 2011. A redução de 67 mil casos, em número absoluto, pode parecer significativa, mas em termos proporcionais, ela representou apenas 0,2 ponto percentual, baixando de 7,2% para 7%.
Ainda de acordo com a pesquisa, 93,7% das crianças e adolescentes inseridas no trabalho doméstico são meninas (241 mil). Os meninos somam 16 mil (confira o gráfico abaixo). Além disso, 67% do grupo é formado por negros (172.666) enquanto o número de não negros equivale a 85.026.
Do universo desses 258 mil jovens que realizam o Trabalho Infantil Doméstico no Brasil, o estado da Bahia tem o segundo maior número de explorados. São 26.564 casos, ficando atrás, apenas, de Minas Gerais que tem 31.316. Com números significativos, aparecem, também, São Paulo (20.381) e Pará (19.309).http://www.aratuonline.com.br/noticias/trabalho-infantil-a-historia-da-mulher-que-venceu-apos-ser-explorada-na-infancia/
 
 

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