quarta-feira, 25 de março de 2015

Equipamentos dinamizam ações do DPT

Novos equipamentos dinamizam ações do DPT
Foto SSP
Referência em perícia na América do Sul, por conta dos seus profissionais (maioria com especialização, mestrado e doutorado) e dos equipamentos modernos utilizados pelas principais polícias do mundo, o Departamento de Polícia Técnica (DPT) da Bahia busca agora ampliar o trabalho de campo, através dos exames laboratoriais. O foco dessa mudança de metodologia de trabalho será o combate ao tráfico de drogas, com a rápida identificação de material entorpecente no local do crime.
Três equipamentos foram adquiridos e entraram em funcionamento este ano. Utilizado pela primeira vez no Carnaval de Salvador 2015, o Raman, aparelho que identifica em poucos minutos substâncias ilícitas, funciona embarcado nas viaturas do DPT, otimizando as operações do Departamento de Narcóticos e da Polícia Militar, quando da localização de material suspeito.
Portátil e discreto, analisa as drogas sem destruí-las. “Depois da confirmação através do Raman, submetemos o material a outra técnica de detecção e concluímos o laudo pericial”, explicou Augusto Sérgio, coordenador de Química do Laboratório Central da Polícia Técnica (LCPT).
Ainda naquela unidade, o perito criminal Jorge Luís demonstrou como funciona o FTIR (Infra-Vermelho por Transformado de Furier). A tecnologia de ponta na área de identificação forense funciona a base de radiação e, por vir acoplada a uma maleta, é utilizada em ações externas. Além de drogas, a ferramenta é empregada na identificação de explosivos, combustíveis, tintas, agrotóxicos, herbicidas, dentre outras coisas. “Evoluímos muito e podemos afirmar que somos um dos mais bem equipados e capacitados Departamento de Polícia Técnica do Brasil”, disse Jorge Luís.
O mais recente desses novos aparelhos e de nome complicado é o Fluorescência de Raios-X por Energia Dispersiva (FRXEDX).  Ele faz uma análise minuciosa da substância verificada, traçando os elementos químicos que compõem aquele material, podendo precisar se houve alteração. O FRXEDX é aplicado em ligas metálicas, leites, tipos de água com penetração de metais pesados e até em brinquedos que, por algum motivo, causem contaminação em contato com a criança. Embora trabalhe com radiação, não traz qualquer tipo de risco para os peritos que o manuseia.
“O governo estadual fez um investimento de aproximadamente R$ 1,3 milhão, permitindo transportar tecnologia de análise laboratorial para a cena do crime. Dar mobilidade a Polícia Técnica é um dos nossos principais desafios”, declarou o diretor do DPT, Elson Jeffeson, acrescentando que a globalização extinguiu o tempo de aproximadamente 10 anos entre um lançamento de um equipamento no hemisfério norte e no Brasil.

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