sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Dia Estadual da Favela: Deputado não ver justificativa para rejeição do projeto

O projeto de Lei (PL) que cria o Dia Estadual da favela foi apresentado nesta sexta-feira (27), na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), em uma audiência pública presidida pelo deputado estadual Marcelino Galo (PT) e representantes da Central Única das Favelas (CUFA). O projeto, que está em tramitação na Casa, pretende colaborar com a transformação do estigma em carisma, além de preencher de positividade o significado da palavra e elevar a auto estima da população que reside neste espaços.
“Segundo pesquisas, 607 mil pessoas vivem nos chamados aglomerados sub normais na capital. De acordo com o IPEA, Salvador é a capital como maior número de moradores de favelas. É desqualificando um projeto como este, como tentaram fazer, que a desigualdade e o racismo se escondem nesse país. Não vemos justificativa para a rejeição a essa iniciativa”, dispara o deputado.
Para Abraão Macêdo, coordenador estadual da CUFA Bahia, o estigma já começa quando o IBGE caracteriza a favela como uma alocação sub normal. “Essa população que é discriminada e vive nas ditas habitações sub normais, movimentam 71 bilhões de reais por ano. De carentes não temos nada, produzimos cultura, gastronomia, moda e arte. Somos empreendedores, porque tivemos que nos reinventar, afinal de contas, ninguém quer apoiar a favela”, afirma.
A desigualdade e o preconceito também foram criticados por Galo, que lembrou que a favela é um espaço de luta e resistência. “A favela é o cenário da desigualdade que se dá no território, lá o homem é obrigado a resistir sem nenhum tipo de apoio, expulso e empurrado pela especulação imobiliária e pala apropriação do solo urbano. Essa visão cênica é resultado de como se organiza a sociedade brasileira”, finaliza o petista.

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