terça-feira, 15 de março de 2016

O triplex de JK


jk

Do
Tijolaço
 
Excelente a memória descrita hoje por Mário Magalhães, sobre o que o golpe militar fez a Juscelino Kubitschek em 1964.
Também tentaram atribuir-lhe a propriedade de um “triplex”. Aliás, a de um edifício inteiro, não na praia das Astúrias, no Guarujá, mas na bem mais glamourosa Ipanema, na Avenida Vieira Souto de frente para o mar.
Com um agravante: Juscelino, ao deixar o governo, foi de fato morar lá.
O apartamento era de Sebastião Paes de Almeida, rico empresário e ex-presidente do Banco do Brasil e Ministro da Fazenda no Governo JK.
Mas os juízes, promotores e policiais de então – os militares encarregados de “restaurar” a moralidade, assim que desfechada a “Revolução Redentora” estavam convencidos de que era “ocultação de patrimônio”
As semelhanças, que você verá ampliando a imagem do Estadão reproduzidas no post de Magalhães, são mais incríveis ainda.
“Juscelino visitava periodicamente as obras, enquanto sua esposa era quem determinava alterações em todos os pavimentos”
O que o ótimo post não aborda é que havia uma razão para esse furor inquisitório dos golpistas.
Que se traduzia numa expressão bem simples e curta: JK-65.
Era a candidatura presidencial do construtor de Brasília, do desenvolvimentista dos “50 anos em 5”.
Porque a “Gloriosa”, que viera para acabar com a “subversão” e a “corrupção” ainda
não havia ousado anunciar o fim das eleições diretas, que seriam deste ano e foram postergadas.
E, com o AI-2, em outubro de 1965 – após a tunda que tomou nas urnas com Negrão de Lima e Israel Pinheiro, nas eleições para governador da Guanabara e de Minas – foram abolidas.
Leia o post de Mário Magalhães, ele descreve a história, e muito bem.
Eu prefiro ficar apenas na História e nas seus ensinamentos analógicos.
Microscópio não serve para olhar o horizonte, embora ajude a ver os micróbios.

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