segunda-feira, 21 de março de 2016

Reservas internacionais permitem que Brasil não negocie com FMI, diz ministro

DA
Agencia Brasil
A manutenção das reservas internacionais permitem que o Brasil não tenha problemas nas contas externas, disse hoje (21) o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa. Ele negou que o governo tenha a intenção de usar as reservas, atualmente em torno de US$ 375 bilhões, e afirmou que esses recursos dão autonomia ao país para não recorrer a organismos como o Fundo Monetário Internacional (FMI) em momentos de turbulência econômica.
“As reservas dão autonomia para a política econômica brasileira. São elas que permitem que a gente não tenha de discutir política econômica com o FMI. É tanto um desafio quanto uma bênção”, declarou o ministro após anunciar o envio de um projeto de lei complementar ao Congresso com medidas fiscais.
O ministro negou que o governo pretenda usar recursos das reservas internacionais para aumentar os investimentos federais. “Não preciso usar as reservas. Para aumentar o investimento no Brasil, preciso do apoio do Congresso. É isso que estou pedindo”, declarou Barbosa.
Ainda esta semana, o governo pretende enviar ao Congresso um projeto de lei para alterar a meta fiscal de 2016. O Orçamento Geral da União estipulava meta de superávit primário – economia para pagar os juros da dívida pública – de R$ 24 bilhões para o Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central).
Em fevereiro, a equipe econômica tinha anunciado que não tinha condições de cumprir essa meta e que enviaria um projeto que autoriza o abatimento de até R$ 84,2 bilhões, o que faria o Governo Central fechar o ano com déficit de R$ 60,2 bilhões.

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