Com o aval do presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), a oposição decidiu patrocinar a ida na próxima terça-feira (26) do ex-líder do governo no Senado Delcídio Amaral (sem partido-MS) ao Conselho de Ética da Casa para confrontá-lo publicamente em relação às acusações que o parlamentar fez sobre o principal líder tucano.
Segundo o jornal Estado de S. Paulo, a estratégia vem sendo negociada nos bastidores entre membros do PSDB e pessoas ligadas a Delcídio. Os tucanos querem que o ex-líder do governo recue do seu posicionamento no colegiado das afirmações que foram feitas por ele em delação premiada contra Aécio Neves. Ainda segundo o jornal, o objetivo é fazer com que o senador acuse publicamente a presidente Dilma Rousseff às vésperas da votação do processo de impeachment contra ela pelo Senado.
A ação dos tucanos foi colocada em prática nesta terça-feira (19), em reunião do conselho. Durante o encontro, pela quinta vez, Delcídio se ausentou para fazer a sua defesa pessoalmente do processo por quebra de decoro parlamentar. Após a indignação pela sucessão de licenças médicas apresentadas pelo ex-senador do PT, os parlamentares pretendiam recusar a concessão de novo prazo para que ele se defendesse. O jogo virou quando o líder do PSDB, Cássio Cunha Lima (PB), entrou na reunião para se posicionar a favor de que Delcídio fosse ouvido.
"Ele pode faltar quantas vezes for, não lhe pode ser negado o direito de defesa e de se manifestar", argumentou o tucano. Aécio participava da reunião de líderes com Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, para decidir detalhes sobre o processo de impeachment de Dilma, mas, mesmo sendo suplente no conselho, dirigiu-se ao colegiado para fazer a defesa por mais prazo ao acusado
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