Internas da Fundac assistem ao jogo de futebol olímpico feminino

foto secom

O bom comportamento e a disciplina de sete internas da Fundação da Criança e do Adolescente (Fundac) no cotidiano foram recompensados, nesta sexta-feira (12), durante passeio, na Arena Fonte Nova, em Salvador. Com idade de 13 a 17 anos, as garotas, que cumprem medidas socioeducativas por erros cometidos no passado, tiveram oportunidade de assistir, da tribuna de honra do estádio, à partida entre China e Alemanha pelas quartas de final do torneio feminino de futebol olímpico.
A ida à Arena Fonte Nova, resultado da parceria entre a Fundac e as Voluntárias Sociais da Bahia (VSBA), garantiu a inclusão das garotas no contexto olímpico. De acordo com a gerente da Comunidade de Atendimento Socioeducativo (Case) Feminina da Fundac, Luciana Lima, passeios como este são importantes para a reinserção social. 
“Elas demonstraram evolução significativa, desde o quesito acadêmico até às relações interpessoais. Esses passeios fazem com que elas sintam-se parte da sociedade, e ajudam a equipe a avaliar como as garotas estão lidando com o mundo aqui fora", diz Luciana.
Aos 13 anos, J.V. entrou pela primeira vez em um estádio de verdade. A garota não conseguia esconder a empolgação. "Só tinha assistido jogos pela TV. Adoro esporte e passei a gostar mais ainda", disse. 
Desde o início dos jogos do futebol olímpico, na capital, turmas de internos (meninos e meninas) têm assistido partidas na Arena Fonte Nova. V.J., 14, já havia acompanhado o jogo entre Austrália e Zinbabwe, na última terça-feira (9), e reconhece a importância da mudança de conduta. "Eu tenho consciência de que não me comportava bem, mas me arrependi de tudo o que fiz de errado. Sou outra pessoa. Quero seguir no caminho do bem".
Neste sábado (13), será a vez dos meninos do Case Salvador da Fundac acompanharem os Jogos Olímpicos Rio 2016 direto da Arena Fonte Nova. A expectativa é grande para não perder nenhum detalhe do futebol masculino. "Acho que vai ser incrível. Tô ansioso para assistir ao jogo", afirma L.E.A., 18.