quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Estudantes quilombolas discutem identidade e ancestralidade



O Salão Paroquial da secular Igreja Matriz de Santiago do Iguape, distrito de Cachoeira (Recôncavo), fundada por padres jesuítas em 1691, foi o cenário para o ‘II Seminário Identidade Quilombola – no rastro da ancestralidade’, promovido nesta quarta-feira (23) pela Secretaria da Educação do Estado dentro das ações do Novembro Negro. A atividade reuniu estudantes do Colégio Estadual Eraldo Tinoco, na localidade, que moram em 10 comunidades quilombolas da região. A iniciativa demonstra a expansão das Diretrizes Curriculares para a Educação Quilombola nas escolas estaduais.

Durante o seminário, os participantes discutiram e chamaram a atenção sobre a importância da valorização das origens e da história do povo quilombola. Também destacaram o pertencimento da identidade étnico-racial. “Ser quilombola é entender a sua cultura, ancestralidade, identidade e resistência”, ressalta a coordenadora da Educação para a Diversidade da secretaria, Erica Capinan, que participou do diálogo com os estudantes.

Desde 2015, o Colégio Estadual Eraldo Tinoco é pioneiro na implantação das Diretrizes Curriculares da Educação Quilombola e atende estudantes das comunidades quilombolas de Santiago do Iguape, Dendê, Kaonge, Calembá, Engenho da Ponte, São Francisco de Paraguaçu, Opalma, Caimbongo, Engenho da Praia e Campina. Além dos conteúdos das disciplinas do currículo comum, os 180 estudantes matriculados estudam sobre saberes tradicionais, por meio do resgate da história e da cultura dos povos quilombolas.

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