quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Projeto valoriza mulheres negras do subúrbio ferroviário de Salvador


A partir deste sábado (7), em Salvador e Região Metropolitana, serão realizados diversos seminários sobre questões raciais e de gênero, tendo como objetivo debater e propor soluções para os principais problemas que afetam a população negra. A iniciativa é do Centro da Mulher Baiana (CEM), integrando o projeto “Tecendo a Cidadania Negra e Feminista: Legados de Dandara e Zumbi”, selecionado pelo edital Novembro Negro, da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial do Estado (Sepromi). 

A primeira atividade será no Parque São Bartolomeu, às 8h, neste sábado (7), seguida de Lobato (14/01), Paripe (17/01), Rio Sena (21/01), Plataforma (28/01), Engomadeira (4/02), Periperi (11/02) e Arembepe (16/02), retornando ao Parque São Bartolomeu no dia 18 de fevereiro. A programação inclui visitas guiadas; palestras relacionadas à temática, a exemplo das histórias de Dandara, Zumbi e Zeferina, referências da luta por uma sociedade igualitária; apresentações culturais e diálogos entre as comunidades e os governos. 

O projeto também busca promover o protagonismo das mulheres negras e fortalecer a consciência crítica do segmento, “principais vítimas das desigualdades sociais resultantes do machismo e racismo”, destacou a representante do CEM, Antônia Garcia. Ainda segundo a liderança, as contribuições dos moradores de cada bairro serão sistematizadas em um documento. “Vamos entregar aos gestores e criar uma comissão para acompanhar as políticas públicas em discussão”, disse. 

Os seminários também contam com o apoio do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher da Universidade Federal da Bahia (Neim/Ufba), da Central Única dos Trabalhadores (Cut), do observatório Luiza Mahin, do Coletivo de Entidades Negras (Cen) e da Federação das Associações de Bairros de Salvador (Fabs).

Esta edição do Edital Novembro Negro teve como tema "As Lutas de Dandara e Zumbi pela Promoção da Igualdade Racial”, trazendo personalidades históricas como referências da resistência dos negros escravizados no país, além de dar visibilidade ao protagonismo das mulheres.

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