Foto Sergio Batista
No período oitocentista podemos destacar os negros como construtores do Brasil colonial. É claro que não podemos esquecer que eram trabalhadores submetidos aos piores tratamentos possíveis (escravo), as fugas destes trabalhadores, para os quilombos dais quais vários tiveram participação importante na construção do processo de libertação, podemos concluir que os mesmos trabalhadores negros, escravos estavam mesmo a contrariar o sistema econômico-escravista da colonial.
Conforme destacam vários historiadores, os trabalhadores (escravos) daquela época já se manifestavam contra as investidas dos “patrões” escravocratas, bem como por uma política de negociação de desenvolvimento do trabalho e de concessões para o contexto social da época. Conforme relata João Jose Reis em e Eduardo Silva em Negociação e conflitos A Resistência Negra No Brasil Escravista. A partir de destas reflexões, os trabalhadores do Brasil atual, negros (as), pobres e moradores da periferia e que gozam de baixas condições de infra-estrutura, bem como a falta de políticas de saúde, educação etc., estão ainda a lutar contra um sistema excludente de uma leva considerável daqueles que realmente dedicaram a sua vida na construção de uma nova sociedade.
As organizações sindicais, após a sua criação em sistemática do ponto de vista político e cartorial atendendo o Estado, foi uma ferramenta que esteve fora do contexto das mudanças sonhadas pelos trabalhadores do Brasil, o que somente com a queda do regime militar os trabalhadores puderam sonhar com a verdadeira liberdade de expressão e luta pela dignidade de vida.
Nos dias atuais a luta dos trabalhadores tem atingido proporções antes jamais imaginadas pela própria classe trabalhadora, que tem mesmo nos países menos desenvolvidos acompanhado os crescimentos e desatinos econômicos de todo o mundo, com isso surgiu às novas perspectivas nas bandeiras de luta da classe operaria. O crescimento da economia no Brasil tem feito emergir vários campos de emprego em vários setores, onde também tem surgido uma manifestação dos empresários de que não há qualificação da mão-de-obra, em um país que fora construído pelas mãos escravos?Onde os seus respectivos “donos”, estavam apenas preocupados com o lucro de suas fazendas de café etc. etc.., ou a mentalidade dos “donos” do Brasil esta mudando? A partir dos fatos ocorridos podemos deduzir. Manifestações contra programas sociais, dentre outros nos da à devida compreensão dos fatos.
O certo é que a economia brasileira tem resistido a choques (desvalorização) do capital estrangeiro, o que tem nos dado uma autonomia econômica considerável, o que também não podemos nos dar por satisfeitos os trabalhadores do Brasil estão lutando por uma parte maior deste bolo afinal somos parte imprescindível desta historia.
Que todos os trabalhadores e trabalhadoras do Brasil continuem renovando as forças e reajustando as suas bandeiras de luta, para que possa na mesma proporção em que avança o capital reformular as reivindicações de suas bandeiras de luta.
Viva aos trabalhadores do Brasil!
Por: Claudio Santos
Diretor do Sindicato dos Vigilantes da Bahia e da CUT/BA
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