quarta-feira, 12 de maio de 2010

Wagner defende empregos da Monsanto na Bahia


A defesa dos empregos e investimentos na Bahia foi um dos assuntos tratados na terça-feira (11), em Brasília, pelo governador Jaques Wagner e os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e da Casa Civil, Erenice Guerra. A questão específica foi sobre a unidade da Monsanto, em Camaçari, que corre o risco de reduzir suas operações por conta da concorrência, considerada desleal por ela, que sofre da indústria chinesa na produção do glifosato, matéria prima do principal herbicida produzido no país.
A participação chinesa no mercado nacional de glifosato ácido subiu de 13% para 67% em apenas dois anos, como resultado do baixo preço com que o produto chega ao Brasil. Isso se deve aos subsídios recebidos do governo da China, do pouco investimento em sustentabilidade e direitos trabalhistas naquele país e pela redução da tarifa antidumping, que caiu de 35,8% para 2,1% em fevereiro de 2009.
Segundo Wagner, os ministros se comprometerem a estudar a questão mais detalhadamente e fazer gestões junto à Câmara de Comércio Exterior, onde já existe um pedido da Monsanto para adoção de direito antidumping específico. “Não aceito que fiquemos da dependência da importação de um produto tão estratégico para a agricultura brasileira. Como representante do povo baiano, estou completamente engajado nesta batalha”, disse Wagner em abril, quando da inauguração da ampliação da unidade de Camaçari.
O glifosato é utilizado na fabricação do herbicida Roudup. Grande parte do que a Monsanto produz abastece o mercado brasileiro, sendo que 15% vão para o mercado da Argentina, que antes importava o produto dos EUA. A própria empresa passou a comprar experimentalmente a matéria prima do país da América do Norte. Os preços praticados pelos chineses poderão, em breve, inviabilizar a produção no país, explica o diretor geral para a América do Sul de Proteção de Cultivos, Ricardo Madureira.




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