A internet é livre, é um instrumento que planifica a curvatura da terra unindo povos e tornando esta ex-aldeia em um ponto minúsculo onde as informações chegam em tempo real. Um avanço tecnológico que modificou os hábitos da humanidade e centraliza a maior revolução da comunicação do homem sobre a Terra. Mas, também, serve para o mal. Esta história envolvendo práticas estelionatárias e de extorsão praticadas por um falso jornalista, o bandido João Andrade Neto, estava escancarada no site Pura Política que nada tinha de notícias, mas sim um instrumento para cometer crimes diários. Os empresários eram os alvos, ameaçados com mentiras, mas, possivelmente, este Andrade, que surgiu do nada na Prefeitura de Salvador, era bancado, como supõe, ou tem provas, pela política baiana. Acusava, descaradamente, pessoas sérias, empresários, políticos, inclusive o governador Jaques Wagner e o prefeito João Henrique. Dizia-se “jornalista”, mas não passava de um personagem doente, sem nenhuma formação escolar, aliado a alguns repórteres por ele enganados, como o foram diversos empresários baianos. O que aconteceu era esperado na medida em que o Supremo Tribunal Federal derrubou a exigência do diploma para o exercício do jornalismo. Uma péssima contribuição à imprensa brasileira que se viu invadida por aventureiros, por corruptos e meliantes de todos os tipos. Tramita no Congresso uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para restituir a exigência do diploma. O jornalismo foi alcançando desprimorosamente por figuras asquerosas, assim como outras profissões o são, como se constata no noticiário policial, que às vezes, mas não raro, noticia ações de falsos médicos, falsos advogados e falsos engenheiros. Este João Andrade Neto é apenas mais um, e espera-se que a Justiça cumpra a sua parte, trancafiando-o por longo tempo. A Secretaria de Segurança Pública e o secretário César Nunes agiram com competência, colocando em campo o setor de inteligência para flagrar o bandido no momento certo, recolhendo provas suficientes para uma condenação embasada, além dos inúmeros processos que tramitam contra ele na Justiça baiana, cíveis e criminais. Em razão da queda da exigência do diploma, entidades como a ABI e o Sindicato de Jornalistas da Bahia ficaram impedidos, manietadas para agir, embora estivesse escancarado à Bahia que o “Pura Política” nada mais era do que um instrumento do crime, para a prática da extorsão mediante a ameaça de divulgar mentiras, criar fatos, para que Andrade Neto se beneficiasse de vantagens. Consta que estão envolvidos cinco seguranças, pelo menos três personagens, dois deles empresários que o bancavam para cometer ilícitos em troca da vinganças pessoais, e até políticos. Também, supostamente, dois advogados, naturalmente de porta de xadrez, lastreavam as ações de João Andrade Neto. Espera-se que tudo seja esclarecido, a bem da verdade, a bem da Bahia e da imprensa séria. E que a Justiça adote com rapidez as providências que lhe cabem.
Informações: BN
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