quarta-feira, 1 de junho de 2011

Problemas com a TWB são discutidos na ALBA

A Comissão de Infraestrutura, Desenvolvimento Econômico e Turismo abriu espaço ontem para lideranças empresariais, que denunciaram o estado de descaso e abandono da Ilha de Itaparica. As críticas recaíram, em maioria, sobre a TWB, empresa que explora o sistema ferry-boat e, segundo os empresários, desrespeita abertamente cláusulas contratuais. Eles querem participar do processo de renegociação do contrato de concessão entre o Estado e a TWB, que encerra agora o prazo inicial de cinco anos.
Enfática, a presidente da Associação Comercial de Vera Cruz, Lenise Ferreira, afirmou que "existe, sim, permissividade" da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba) com relação à TWB, que descumpre, dentre outros itens, "o termo de ajuste de conduta" constante no contrato de concessão da exploração do ferry. Depois de historiar uma série de ações desrespeitosas, Ferreira afirmou que os comerciantes da Ilha estão sendo deliberadamente estrangulados pela empresa, que, além de ter majorado em 300% o aluguel comercial dos terminais e demitido 340 funcionários há cinco anos, agora pretende que os comerciantes abandonem o Terminal de São Joaquim, onde muitos trabalham "há 30 anos".
Lenise Ferreira distribuiu com os deputados documento onde registra o sucateamento das embarcações e dos terminais. Segundo ela, "68% da estrutura dos terminais está desabando", não há mais proteção na área de atracação e os azulejos dos sanitários "estão amarrados de corda". A TWB extinguiu, ainda, a tarifa social, que permitia a quem fizesse a travessia às 6h não pagar a volta, benefício que atingia "estudantes, marisqueiros e pescadores". Agora, somente têm direito à tarifa "os beneficiários do Bolsa Família". Os demais pagam R$ 7,80 para ir e vir.
A presidente da Associação Comercial de Vera Cruz informou que diversas tentativas de entendimento foram entabuladas e os assuntos relatados ontem levados ao conhecimento da Agerba, sem sucesso. Lenise Ferreira disse que carretas chegaram "a ficar quatro dias paradas no terminal", causando prejuízo considerável aos comerciantes.
O mesmo tom crítico foi adotado pelo presidente da Central de Negócios de Itaparica, Walter Correia, que apelou aos deputados para que se interessem pela causa, uma vez que a comunidade sente-se desprotegida e sem representação. Obteve a garantia da presidente da comissão, deputada Ângela Sousa (PSC), quanto ao empenho dos parlamentares, que convidarão não somente a Agerba, mas também a TWB a comparecerem perante o colegiado para debater o assunto e encontrar soluções.





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