A denúncia publicada ontem pela Tribuna, sobre a “ordem” de despejo que a comunidade do Alto Peru, em São Caetano, recebeu do ex-deputado estadual Carlos Ricardo Gaban (então DEM), ainda não foi explicada.
Segundo a comunidade, Gaban apareceu reivindicando a propriedade do terreno, quase três décadas depois de os moradores terem recebido os títulos de posse das mãos do governo. Sem um mandado judicial, o ex-deputado esteve no local determinando que os moradores desocupassem a área em 24 horas.
Como mostram as fotos apresentadas por moradores que flagraram a cena, Gaban chegou acompanhado de um suposto advogado e pelo tenente Nonato, devidamente fardado. Os três chegaram a desmontar uma estrutura metálica onde funcionava um ponto de táxi e uma barraca de acarajé, ordenando os proprietários a sair da área.
“Chegaram aqui intimidando todo mundo, estipulando prazos para deixarmos nossas casas, dizendo que vão fechar ruas. Uma moradora passou mal ao ouvir que teria que abandonar sua barraca. Quero saber se eles têm mesmo esse poder de anular títulos de terra dado há quase três décadas, de expulsar pessoas que aqui residem há mais de 60 anos, de fechar logradouros públicos”, indagou o líder comunitário Domingos Moreira.
“Esse senhor, que agora se diz dono da gleba maior, já foi deputado e hoje trabalha na Assembleia Legislativa e usa sua influência e conhecimento para tirar proveito, inclusive retirando funcionário da guarda para nos intimidar”, alegou Dominguinhos.
De acordo com a planta baixa que Gaban deixou cair do carro, o projeto seria para implantação de um estacionamento com 75 vagas no local e o fechamento de três importantes vias do bairro: a Avenida Bananeiras e as ruas Nestor Duarte e dos Comerciários, além de derrubar um tamarineiro centenário.
Informações Tribuna
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