Uma organização criminosa acusada de sonegação fiscal, liderada pelo empresário do ramo atacadista João Neves de Oliveira, o “Juca”, 70 anos, e responsável por um prejuízo anual de R$ 54 milhões ao fisco estadual, foi desarticulada, na manhã desta quarta-feira (14), no município de Tanque Novo.
Deflagrada por uma força-tarefa integrada pela Secretaria da Segurança Pública, através da Delegacia de Crimes Econômicos e Contra a Administração Pública (Dececap), Secretaria da Fazenda do Estado e Ministério Público, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e aos Crimes Contra a Ordem Tributária, Econômica, as Relações de Consumo, a Economia Popular (Gaesf), a Operação Marabu cumpriu 16 mandados (oito de prisão e oito de busca e apreensão), expedidos pela juíza Adriana Silveira Brito, da Comarca de Palmas de Monte Alto.
Entre as práticas criminosas contra a ordem tributária nos estabelecimentos comerciais do grupo de Juca, pai do prefeito de Tanque Novo, Élson Neves de Oliveira, constam a utilização de notas fiscais frias, “calçamento” de notas fiscais, emprego de notas fiscais com numeração paralela à autorizada pela Sefaz, uso de empresas de fachada constituídas em nome de interpostas pessoas, operações comerciais em nome de empresas fictícias, falta de emissão de notas fiscais e simulação de venda de mercadorias para outros estados, utilizando empresas de fachada.
Investigada há três anos, a organização criminosa também desviava caminhões de postos fiscais, reutilizava notas fiscais com o objetivo de dar “aparência” regular ao trânsito de mercadorias, formava e utilizava “Caixa 2”, além de abrir contas correntes bancárias em nome de interpostas pessoas.
Judith Alves Carneiro, mulher do empresário, o filho do casal Laeson Neves de Oliveira, os netos Diogo Carneiro Neves de Oliveira e João Carlos Neves de Oliveira e Eunice de Oliveira Magalhães também faziam parte do esquema, além do contador Dulcélio Wildson Souza de Santana e de Núbia Angelice Magalhães Carneiro, funcionária de uma das empresas envolvidas no golpe.
Alvos dos mandados de prisão temporária por sonegação fiscal e formação de quadrilha, todos estão à disposição da Justiça no Complexo Policial de Guanambi. Outros três mandados de prisão ainda serão cumpridos na região, segundo informou a delegada Débora Freitas, da DECECAP.
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