quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Empresário do ramo atacadista liderava organização criminosa acusada de sonegação fiscal

Uma organização criminosa acusada de sonegação fiscal, liderada pelo empresário do ramo atacadista João Neves de Oliveira, o “Juca”, 70 anos, e responsável por um prejuízo anual de R$ 54 milhões ao fisco estadual, foi desarticulada, na manhã desta quarta-feira (14), no município de Tanque Novo.
Deflagrada por uma força-tarefa integrada pela Secretaria da Segurança Pública, através da Delegacia de Crimes Econômicos e Contra a Administração Pública (Dececap), Secretaria da Fazenda do Estado e Ministério Público, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e aos Crimes Contra a Ordem Tributária, Econômica, as Relações de Consumo, a Economia Popular (Gaesf), a Operação Marabu cumpriu 16 mandados (oito de prisão e oito de busca e apreensão), expedidos pela juíza Adriana Silveira Brito, da Comarca de Palmas de Monte Alto.
Entre as práticas criminosas contra a ordem tributária nos estabelecimentos comerciais do grupo de Juca, pai do prefeito de Tanque Novo, Élson Neves de Oliveira, constam a utilização de notas fiscais frias, “calçamento” de notas fiscais, emprego de notas fiscais com numeração paralela à autorizada pela Sefaz, uso de empresas de fachada constituídas em nome de interpostas pessoas, operações comerciais em nome de empresas fictícias, falta de emissão de notas fiscais e simulação de venda de mercadorias para outros estados, utilizando empresas de fachada.
Investigada há três anos, a organização criminosa também desviava caminhões de postos fiscais, reutilizava notas fiscais com o objetivo de dar “aparência” regular ao trânsito de mercadorias, formava e utilizava “Caixa 2”, além de abrir contas correntes bancárias em nome de interpostas pessoas.
Judith Alves Carneiro, mulher do empresário, o filho do casal Laeson Neves de Oliveira, os netos Diogo Carneiro Neves de Oliveira e João Carlos Neves de Oliveira e Eunice de Oliveira Magalhães também faziam parte do esquema, além do contador Dulcélio Wildson Souza de Santana e de Núbia Angelice Magalhães Carneiro, funcionária de uma das empresas envolvidas no golpe.
Alvos dos mandados de prisão temporária por sonegação fiscal e formação de quadrilha, todos estão à disposição da Justiça no Complexo Policial de Guanambi. Outros três mandados de prisão ainda serão cumpridos na região, segundo informou a delegada Débora Freitas, da DECECAP.



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