Um levantamento feito com professores da rede estadual de ensino
mostrou que 44% deles já sofreram algum tipo de violência nas
escolas. Contratada pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado
de São Paulo (Apeoesp), a pesquisa foi feita em 167 cidades entre janeiro e
março deste ano.
Do total de professores que relataram ter sido vítimas de violência, 39%
disseram ter sofrido agressão verbal, 10% assédio moral, 6% bullying e
5% disseram ter sofrido agressão física. “Isso é crescente e você não vê um
recuo, pelo contrário. Tornou-se corriqueira a questão da violência na escola e
acaba que você, ao longo do tempo, não vê uma diminuição desses números”, disse
Maria Izabel Azevedo Noronha, presidente da Apeoesp.
Conforme o estudo, 42% dos professores disseram ter presenciado alunos sob
efeitos de drogas e 29% afirmaram ver tráfico de drogas nas escolas. Além disso,
57% consideram violentas as escolas onde lecionam. Entre aqueles que trabalham
em instituições no centro das cidades, 45% acham as escolas perigosas. Já os que
atuam na periferia mostraram maior apreensão com a violência, 63% dos casos.
As principais vítimas são os professores homens, que lecionam no ensino
médio. Disseram ter sofrido violência 65% deles, enquanto as mulheres
representam 45% das vítimas. A maioria dos educadores (74%) acredita ainda que
falta de respeito e de valores é a principal causa de violência nas escolas.
Outros 49% apontaram ausência de educação em casa e 47% culparam a
desestruturação familiar.
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