Os cinco profissionais do programa federal Mais Médicos com diploma estrangeiro e que atuarão em Salvador começam a conhecer as unidades onde irão trabalhar a partir desta segunda-feira, 16.
No entanto, pelo menos dois dos cinco postos onde serão alocados não possuem condições para atender a demanda de pacientes. A falta de estrutura das unidades foi a razão alegada por alguns dos 16 brasileiros que desistiram de participar do programa já na primeira semana de trabalho.
No Centro de Saúde Rodrigo Argolo, em Arenoso, que atende a população de bairros próximos, como Tancredo Neves, Cabula e Engomadeira, pacientes chegam a aguardar até seis horas para conseguir atendimento.
De acordo com a administradora da unidade, Laura Dórea, o posto conta, atualmente, com dois clínicos gerais. No entanto, por conta da demanda, o número de profissionais não é suficiente. "A procura é sempre maior do que o número de profissionais de que dispomos no posto", disse.
Segundo a vendedora Vânia Conceição, 28, sempre que procura atendimento no local, é encaminhada para outra unidade. "Alegam que não há médicos ou material. Para conseguir uma consulta, tenho que ir até Pernambués", contou.
Os problemas da unidade não se resumem ao tempo de espera e à falta de profissionais,já na recepção, que a população é obrigada a aguardar atendimento em cadeiras quebradas.
Nos banheiros, vazamentos, mau cheiro e portas danificadas são evidentes. Dentro do posto, um cachorro circulava livremente entre dezenas de pacientes. "Esse lugar deveria ser limpo, mas é um dos postos mais sujos onde já estive. Há lixo pelo chão e o banheiro fede", contou a empregada doméstica Analice Santos Silva, 33.
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