quinta-feira, 3 de abril de 2014

Municípios do sudoeste aderem a projeto de combate a trabalho infantil nas escolas

Quatro dos seis representantes de prefeituras do sudoeste baiano reunidos hoje (02) na sede do Ministério Público do Trabalho (MPT) em Vitória da Conquista se comprometeram a aderir ao projeto MPT na Escola, que prevê a discussão em sala de aula de temas relacionados a direitos trabalhista e tem foco no combate ao trabalho infantil. Com isso, coordenadores pedagógicos desses municípios receberão um treinamento especial para repassar a professores a metodologia para abortar os temas. As secretaria de educação dos municípios também receberão material didático a ser usado pelos alunos e material destinado aos professores.
  “Combater o trabalho infantil é fundamental, principalmente porque os adolescentes e as crianças que entram precocemente no mercado de trabalho serão no futuro pessoas sem qualificação profissional e, portanto, mais sujeitas a exploração de sua mão de obra”, afirmou a procuradora Ana Carolina Ribemboim, que conduziu a audiência de hoje. Assinaram o termo de adesão ao projeto representantes das prefeituras de Itapetinga, Ibiassucê, Botuporã e Caculé. Também presentes, os representantes de Conquista e Tanque novo pediram prazo para definir. Somente o município de Maetinga, também convidado, não mando representante.
  O MPT vai aguardar o pronunciamento dos dois município e também procurar a prefeitura de Maetinga para tentar sensibilizá-la a aderir ao projeto, que não representa custo para o município. Essas prefeituras convidadas fazem parte de um universo de 50 escolhidas pelo MPT em todo o estado para a implantação do projeto por serem as que mais apresentam situações de trabalho infantil, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Uma nova reunião acontece amanhã (03) em Salvador, para a qual foram convidados os outros 43 municípios.
 
Graves consequências
 
O MPT na Escola dispõe de material didático produzido por educadores sob a supervisão de procuradores do trabalho. São livros com histórias em quadrinhos, jogos e brincadeiras que apresentam o conteúdo de direitos dos trabalhadores e alertam para o as graves consequências do ingresso precoce no mercado de trabalho. Para usá-lo em sala, os professores recebem treinamento especial e um livro com orientações de como tratar o tema. A oficina de capacitação dos coordenadores pedagógicos deve acontecer em maio em Salvador.
 

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