segunda-feira, 23 de março de 2015

Gays, BBB e Valeska estão na mira de defensores da intervenção militar



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Foto Google


Os defensores da intervenção militar, parte da massa que tomou as ruas do País no último 15 de março, têm como alvo principal, segundo seus próprios brados, a corrupção.
Olhando mais de perto para os grupos pró-intervenção - que nada mais é do que um golpe, segundo juristas -, outros "inimigos" aparecem: homossexuais, a imprensa, criminosos comuns e até o Big Brother Brasil (BBB) e a funkeira Valesca Popozuda.
Além do comunismo, frequentam a linha de tiro dos militaristas o "afrocomunismo", o Foro de São Paulo (grupo que reúne políticos de esquerda da América Latina), a presidente Dilma Rousseff (PT), os senadores Aécio Neves (PSDB) e José Serra (PSDB), os ex-presidentes Lula (PT) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB), os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e o da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), dentre outros.
"Não adianta gritar: “Fora PT”, “Fora Dilma”,. Tem que gritar: “Fora Foro de São Paulo; Fora PT; Fora Dilma; Fora Aécio; Fora FHC; Fora Serra; Fora Lula; Fora Unasul; Fora todos os partidos políticos", diz mensagem publicada nesta semana na linha do tempo do Intervenção Militar 2014.
Uma das maiores comunidades fechadas do movimento, o Intervenção tem 50 mil integrantes, e assim como as demais, é contra o impeachment de Dilma, já que a medida seria um farsa montada por PMDB, PSDB e PT. Também é contra a reforma política, considerada um golpe do PT. A reportagem procurou três de seus administradores, mas nenhum respondeu aos contatos.
Além do antipartidarismo, o elogio à violência integra a linha do tempo do Intervenção. Na quinta-feira (19.03), um participante festejava as Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) por, segundo uma reportagem, ser a polícia que mais matou nos dois primeiros meses de 2015 no Estado de São Paulo.
"Parabéns", diz a postagem. "Obrigado por honrar as pessoas de bem da verdadeira sociedade, limpando o lixo que alguns preferem como vida!!!".
Nesta semana, mensagens de apoio ao intervencionismo e de ataques a políticos dividiam a linha do tempo com um quiz. "Pergunta à ala masculina: dessas três mulé da política, [em] qual delas você teria coragem de dar uma jebada?", diz uma postagem de um integrante publicada na quarta-feira (18.03). O texto acompanha as fotos da senadora Gleisi Hofmman Hoffmann (PT-PR) e das deputadas federais Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e Maria do Rosário (PT-RS).
A postagem remete à afirmação do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), feita em dezembro passado, de que não estupraria Maria do Rosário porque ela "não merece". O pepista é um dos poucos políticos retratados sob uma ótica positiva, embora sua postura esteja sendo considerada dúbia demais pelo movimento.
"Por que será que o Bolsonaro não diz uma 'palavra' em favor da intervenção militar (?)", questionou um integrante do Intervencionistas Brasil, que tem 8,6 mil participantes, na terça-feira (17.03).
O grupo é administrado por Rogério Prevedel. Em vídeo divulgado na página do Facebook nesta semana, o autoentitulado patriota militar da reserva não-remunerada convoca os participantes a enviar cartas aos comandantes regionais das Forças Armadas com um pedido de intervenção e a realizar um "pré-alistamento" via e-mail do grupo. A ideia é formar, segundo ele, "um grupamento de milhares e nossa tendênica é chegarmos a milhões de pessoas undas a um só ideal."

Informações Tribuna da Bahia

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