Foto Ascom
Uma comissão representando as 21 famílias do bairro de Paripe que foram removidas em ação da Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município de Salvador (Sucom) com o apoio da Polícia Militar, no dia 23 de agosto do ano passado, reuniu-se na manhã desta segunda-feira (30) com o secretário Bruno Reis, titular da Secretaria Municipal de Promoção Social, Esporte e Combate à Pobreza (Semps). O grupo foi acompanhado pela promotora Rita Tourinho e pelo vereador Hilton Coelho (PSOL), e o objetivo foi buscar uma solução para a situação das famílias, classificada como “desesperadora”.
Hilton Coelho relata que “depois que foram expulsos de suas moradias de forma violenta e com força desproporcional por parte da Sucom e PM, as 21 famílias da chamada Ocupação Linha Férrea foram colocadas no aluguel social e cadastradas no Programa Minha Casa Minha Vida”.
O Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) da Fazenda Coutos efetivou, em agosto de 2014, o cadastro das famílias. “Esperamos que ações efetivas sejam tomadas porque estamos diante de um grave problema social. Não aceitamos como normal que as 21 famílias engrossem o já elevado número de pessoas em situação de rua. Cerca de 50 crianças estão entre as famílias”, denunciou Hilton Coelho.
Ele reafirmou a opinião de que o despejo do dia 23 de agosto foi arbitrário e ilegal: “Sem prévio aviso demoliu-se as casas, nenhuma justificativa oficial foi dada, não houve notificação para evacuação. Acompanharemos de perto a situação das famílias, sempre contando com a parceria com o Ministério Público e demais entidades que defendem o direito à moradia”.
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