quarta-feira, 20 de abril de 2016

Sessão do impeachment foi “show de horrores” diz Katia Abreu

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Do Uol:
 
A ministra da Agricultura, Kátia Abreu (PMDB-TO), participou na madrugada desta quarta-feira (20) do programa do Jô Soares, na “TV Globo”. Ela afirmou que assistiu de casa, com amigos próximos, a votação do impeachment na Câmara dos Deputados. “De repente você percebe que a coisa não vai ser como a gente imagina”, observou.
Kátia disse a Jô que a sessão do impeachment foi um “show de horrores”. “Todos ficaram impactados com aquele cenário. Antes de terminar a votação, fui para o Palácio do Alvorada. Ela (a presidente Dilma) disse que nunca imaginou que fosse viver de novo um golpe”, disse.
A ministra classificou a denúncia que levou à aprovação afastamento da presidente como um erro e lembrou que governadores adotaram práticas semelhantes. A denúncia, segundo ela, faz referência a 2015, um ano em que não ocorreram as práticas classificadas como irregulares pelo Tribunal de Contas da União (TCU), as pedaladas fiscais.
Seu retorno ao Senado para votar a favor de Dilma no processo de impeachment está descartado, segundo ela, já que seu suplente, Donizeti Nogueira, é do PT e votará a favor da presidente.
Durante a entrevista, a ministra se posicionou oficialmente pela primeira vez contra uma fala de um dirigente da Contag que convocou, em evento no Palácio do Planalto, invasões a terras de parlamentares ruralistas. “Foi uma declaração infeliz”, classificou.
Kátia relatou ainda como teve início sua relação com a presidente Dilma Rousseff. “Eu não a tinha apoiado na primeira eleição, mas como senadora e presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) tinha de ter um relacionamento institucional”, explicou. “Já no primeiro encontro, nunca imaginei que poderia ter qualquer afinidade por ser de siglas diferentes. Mas ela é pragmática”, disse. Segundo Kátia, ainda no primeiro mandato ocorreu um primeiro convite para ser ministra, mas que foi recusado. “Eu disse que não tinha apoiado ela e que numa outra ocasião, em uma segundo mandato, aceitaria”, explicou.

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