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A imagem de um menino de cinco anos emocionado reencontrando o pai, que voltou para casa depois de quase um mês internado com Covid-19, viralizou na internet nesta semana. Filipe Augusto, do interior de São Paulo, reencontrou seu filho Luiz Filipe nesta segunda-feira (22).
Ele ficou 28 dias internado após ser diagnosticado com Covid-19. Tudo começou em janeiro, quando Filipe descobriu um câncer no esôfago. Ele fez o tratamento de forma discreta, sem contar para muita gente, e deu tudo certo.
Mas, quando estava para ter alta no hospital, ele teve febre, e uma tomografia mostrou indícios do novo coronavírus em seu pulmão.
“Repeti a tomografia, aí já apareceu Covid-19. Na minha tomografia, pela cirurgia, eu já estava com o pulmão um pouco comprometido. Só que aí com Covid-19 aumentou mais ainda”, conta.
Filipe foi transferido às pressas para o Hospital das Clínicas de São Paulo e acabou ficando 28 dias internado.A mãe de Murilo, Gisele Sabino, conta que o filho não aguentava de saudade do pai.
“Ele ficava assim ‘Mãe, quando o papai vai vir? Quando o papai vai vir?”, lembra.
Pai e filho continuavam conversando, mas pela internet.
“Às vezes ele abraçava o celular, ele falava que tava com saudade do papai. Minha esposa conta que às vezes ele chorava de noite e falava ‘Estou com saudade do papai”, diz Filipe. “Eu sentia muita falta desse contato físico com o meu filho.”
Já o pequeno Luiz Felipe conta que sentia saudade de “brincar, dar abraço, jogar videogame” com o pai.
Nesta segunda-feira, finalmente a boa notícia: Filipe estava recuperado. “Quando os médicos falaram que eu teria alta, já chorei no hospital, chorei no caminho até encontrar minha esposa. Eu vim no trajeto do hospital para casa chorando”, conta.
Mas o pequeno Luiz Felipe ainda não sabia da chegada do pai.
“Minha mãe e meu pai seguraram ele num quarto, falaram que tinha uma surpresa, e meu marido já chegou pro chuveiro. Terminou de tomar banho e a gente fez ‘Filho, tem uma surpresa pra você", diz Gisele.
“É um misto de muita alegria, muita felicidade. Mas refletindo, pensando depois você fica triste porque tem muitas pessoas, quase 60 mil pessoas, que infelizmente não tiveram essa mesma sorte. Aprendi muita coisa, a dar valor a coisas que a gente esquece. A gente esquece que levantar, fazer a barba, lavar o rosto, escovar os dentes, é algo simples", avalia Filipe.
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