Da
CUT/Brasil
Entregadores de alimentação
por aplicativo como IFood, Rappi e Uber realizam uma greve de 24 horas nesta
quarta-feira (1º) por melhores condições de trabalho e renda. O protesto é
contra os bloqueios feitos pelas empresas, quando algum deles se nega a fazer
corridas que não compensam financeiramente, e também contra o desrespeito à
categoria, que corre grande risco de contaminação pelo novo coronavírus (Covid
19), pois circula dia e noite em todos os locais, enquanto a maioria da
população se isola para se proteger do vírus.
Os trabalhadores reivindicam
aumento da taxa mínima por entrega, do valor pago por quilometragem e mais
transparência sobre os repasses feitos diante as gorjetas pagas por clientes
via aplicativo. De acordo com os entregadores,
as empresas diminuíram o valor repassado no período da pandemia, como
confirmou pesquisa feita pela Unicamp.
O levantamento online
mostrou que 68,9% dos entregadores tiveram queda de ganhos durante a pandemia.
Os que ganhavam em torno de um salário mínimo (R$ 1.045,00) antes da pandemia
eram 17%. Agora essa proporção dobrou (34%). Ou seja, 1/3 desses trabalhadores
ganham até um salário mínimo por mês.
De acordo com organizadores
da paralisação, cerca de 98% da categoria deve aderir ao protesto em todo o
Brasil e muitos clientes prometeram apoiar não fazendo pedidos. Em vídeo, o
presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre, convocou todas as entidades filiadas
a apoiar a organização da greve, mais do que justa contra a precarização.
Os entregadores também
conquistaram importantes apoios internacionais, de entidades como a CSA e de
trabalhadores de outros países, que também prometeram paralisar as atividades
nesta quarta.
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