quarta-feira, 1 de julho de 2020

Entregadores por aplicativos param e pedem que clientes não façam pedidos






Da
CUT/Brasil

Entregadores de alimentação por aplicativo como IFood, Rappi e Uber realizam uma greve de 24 horas nesta quarta-feira (1º) por melhores condições de trabalho e renda. O protesto é contra os bloqueios feitos pelas empresas, quando algum deles se nega a fazer corridas que não compensam financeiramente, e também contra o desrespeito à categoria, que corre grande risco de contaminação pelo novo coronavírus (Covid 19), pois circula dia e noite em todos os locais, enquanto a maioria da população se isola para se proteger do vírus.
Os trabalhadores reivindicam aumento da taxa mínima por entrega, do valor pago por quilometragem e mais transparência sobre os repasses feitos diante as gorjetas pagas por clientes via aplicativo. De acordo com os entregadores,  as empresas diminuíram o valor repassado no período da pandemia, como confirmou pesquisa feita pela Unicamp.
O levantamento online mostrou que 68,9% dos entregadores tiveram queda de ganhos durante a pandemia. Os que ganhavam em torno de um salário mínimo (R$ 1.045,00) antes da pandemia eram 17%. Agora essa proporção dobrou (34%). Ou seja, 1/3 desses trabalhadores ganham até um salário mínimo por mês.
De acordo com organizadores da paralisação, cerca de 98% da categoria deve aderir ao protesto em todo o Brasil e muitos clientes prometeram apoiar não fazendo pedidos. Em vídeo, o presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre, convocou todas as entidades filiadas a apoiar a organização da greve, mais do que justa contra a precarização.
Os entregadores também conquistaram importantes apoios internacionais, de entidades como a CSA e de trabalhadores de outros países, que também prometeram paralisar as atividades nesta quarta.

Nenhum comentário:

Postar um comentário