Por Lucas Vasques, no Folha Santista
Ao deixar a bela cidade de Villa Clara, em Cuba, a jovem médica Maibel Martínez Verea, de 31 anos, não imaginava que, pouco mais de três anos depois, enfrentaria uma das maiores dificuldades de sua vida.
Contratada para atuar no Programa Mais Médicos, Maibel, clínica geral, com especialização em Saúde da Família, revela que está no Brasil desde março de 2017, quando começou seu contrato para trabalhar na cidade de São Vicente, no litoral paulista.
Logo que assumiu a presidência da República, Jair Bolsonaro decidiu extinguir o Mais Médicos, que levava profissionais de Saúde para os lugares mais distantes do país. A partir daí a situação financeira de Maibel deu uma reviravolta.
“Só consigo pagar o aluguel graças ao dono do imóvel, que abaixou o valor, por causa da pandemia de coronavírus”, lamenta a médica.
Para enfrentar as dificuldades, Maibel trabalhou de cuidadora de idosos e empregada doméstica. “Quando teve início a pandemia, fui mandada embora. No momento, estou fazendo faxinas e bolos. Tenho amigos que me ajudam, com comida e dinheiro”.
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