terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Novos médicos já atuam no Hospital Roberto Santos

Com atendimento em múltiplas áreas ambulatoriais, cirúrgicas e de tratamento de média e alta complexidade, e um setor de Emergência por onde passam, em média, 560 pacientes/dia, o Hospital Geral Roberto Santos (HGRS) é considerado uma verdadeira escola para os médicos que estão partindo do ensino teórico para a vida prática. Nesta segunda-feira (1º), o HGRS recebeu quase 70 novos residentes, que vão contribuir com a prestação da assistência à população no Sistema Único de Saúde (SUS) e enriquecer o conteúdo aprendido durante o estudo da medicina.
Durante a recepção dos novos estudantes, duas palestras foram ministradas, O residente e a ética médica e A importância do HGRS no processo de doação de órgãos e tecidos. Para o diretor geral do hospital, Paulo Barbosa, o Hospital Roberto Santos exerce um papel da maior importância como formador de recursos humanos para o SUS em todas as áreas, inclusive na área médica. “Com os residentes, temos uma linha de reciprocidade, nós contribuímos para o enriquecimento do aprendizado deles e o hospital se beneficia com a atuação deles, refletindo em benefícios diretos para a população, que é a nossa razão de ser”.
Este ano, o HGRS conta com três novos programas de residência, nas áreas de neurocirurgia, anestesia e medicina de urgência, e com as sub-especialidades de cirurgia laparoscópica e endoscopia digestiva.
Especialidades - Os quase 70 novos residentes atuarão nas áreas de clínica geral, clínica médica, cirurgia geral, cirurgia vascular, obstetrícia e ginecologia, pediatria, endocrinologia, gastroenterologia, coloproctologia, urologia, cirurgia vascular, urologia, videolaparoscopia e endoscopia digestiva. Outros residentes deverão chegar posteriormente. O HGRS ampliou de dez para 14 o número de programas, incluindo anestesiologia, neurocirurgia e medicina intensiva, e conta agora com seis novas áreas de atuação: UTI pediátrica, nefrologia pediátrica, neonatologia, medicina de urgência, videolaparoscopia e gastroenterologia (endoscopia digestiva).
Residentes do HGRS aumentam capacidade assistencial e de ensino
O superintendente de Atenção Integral à Saúde da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), Alfredo Boa Sorte, destacou que a chegada de uma nova turma de residentes para o HGRS renova a esperança na otimização da capacidade assistencial e de ensino do hospital. “Com as condições de ensino dadas aqui, os residentes têm a oportunidade de se tornar melhores profissionais, mais humanos, para melhor atender à população”.
Para Boa Sorte, o empenho na formação de profissionais vem ao encontro dos investimentos que o governador Jaques Wagner faz na saúde. “Atingimos a destinação de 14% do orçamento estadual na saúde, 2% a mais do que preconiza a Emenda Constitucional 29, que determina a destinação mínima de 12% dos orçamentos. E somente 11 estados brasileiros destinam esse percentual mínimo para a saúde, o que comprova que, na Bahia, existe o compromisso concreto com o financiamento da saúde”, avaliou.
As vagas para residentes estipuladas pela Comissão Nacional de Residência Médica ainda são poucas, na visão do superintendente. “Estão muito aquém das nossas necessidades, já que abrimos três grandes hospitais, de Irecê, Juazeiro e Santo Antonio de Jesus, e vamos abrir mais dois, o do Subúrbio, em Salvador, e da Criança, em Feira de Santana, e talvez até mais um outro hospital, que é o da Chapada”.
Prática - Praticar a técnica e também produzir conhecimento científico, considerando que um hospital do porte do HGRS é um celeiro dos mais diversos tipos de casos clínicos, são as principais expectativas dos novos residentes David Barbosa Tanajura, 30 anos, e Kelly Alves, 25, ambos com área de atuação em ginecologia e obstetrícia.
David ainda não conhece o serviço, o que não acontece com Kelly, que atuou como interna durante o 5º ano da faculdade. “Gostei muito do serviço, principalmente na parte de obstetrícia, e gostaria que houvesse mais estímulo para a produção de trabalhos científicos”, disse a médica. Os dois, assim como os demais novos residentes, já começaram a atuar após a recepção.
Doação - Nefrologista com 17 anos no HGRS, José Roberval Ferreira, coordenador da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (Cihdott), expôs aos novos residentes o trabalho que vem sendo desenvolvido em favor da doação, com a captação de órgãos e tecidos no hospital, sob sua coordenação, desde agosto de 2007. Integra a comissão uma equipe formada por quatro enfermeiros, dois médicos, uma assistente social, uma psicóloga e o coordenador.
Além de falar sobre a legislação e os mecanismos que envolvem o processo de captação e doação de órgãos e tecidos, Roberval Ferreira apresentou os números registrados pela Cihdott nos últimos 2,5 anos e ressaltou o quanto é importante os profissionais de saúde se envolverem nesse trabalho. “A Espanha, o país que mais faz captações, registra 46 doações por milhão de pessoas. No Brasil, esse número é de apenas 8 por milhão. Temos 80 mil pessoas na fila do transplante, 5 mil são renais crônicos”.
Pelo menos no HGRS, onde, de acordo com o diretor de Ensino Marcos Clarêncio, existe um projeto de realização de transplantes nas áreas de cardiologia e hepatologia, os números de captações estão crescendo. As captações de córneas, que foram duas em 2005 e nove em 2006, subiram para 25 em 2007 e 72 em 2008. A captação de múltiplos órgãos foi de cinco em 2005 e zero em 2006, foi de seis em 2007 e 15 em 2008. No ano passado, foram 64 captações de córneas e 11 de múltiplos órgãos. Em janeiro deste ano, já ocorreram duas captações de córneas e uma de múltiplos órgãos.

fonte: agecom




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