O ministro Benedito
Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), afirmou que o afastamento do
governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, tem o objetivo de frear sua
liderança na organização criminosa que promoveu desvios de recursos da saúde no
estado, e também os impactos da engenharia criminosa nos cofres públicos do Rio
de Janeiro.
Na decisão, obtida pela TV
Globo, o ministro negou um pedido de prisão do governador, feito pela
Procuradoria-Geral da República. Gonçalves afasta Witzel do governo por 180
dias, impede que ele frequente as dependências do governo do Estado e mantenha
contato com funcionários. Para o ministro, o afastamento é suficiente para
tentar parar as ações criminosas.
"Na forma exposta pelo
MPF, ainda, a medida de afastamento serve para obstar que continue liderando a
referida organização criminosa e a dilapidar o Erário do Estado do Rio de
Janeiro, extremamente combalido em razão do grande histórico de casos de desvio
de recursos públicos e corrupção envolvendo os governadores anteriores",
escreveu o ministro.
"Os fatos não só são
contemporâneos como estão ocorrendo e, revelando especial gravidade e
reprovabilidade, a abalar severamente a ordem pública, o grupo criminoso agiu e
continua agindo, desviando e lavando recursos em pleno pandemia da Covid-19,
sacrificando a saúde e mesmo a vida de milhares de pessoas, em total desprezo
com o senso mínimo de humanidade e dignidade, tornando inafastável a prisão
preventiva como único remédio suficiente para fazer cessar a sangria dos cofres
públicos, arrefecendo a orquestrada atuação da ORCRIM", destacou o
ministro do STJ na decisão.
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